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“Não troco meu “Oxente” pelo “ok” de ninguém” – Ariano Suassuna

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Inflação descontrolada: depois da cesta básica e do tomate, agora, é o gás de cozinha que terá reajuste e a partir de 1º de maio custará R$ 40.

A presidente Dilma Rousseff (PT) não tem conseguido segurar o 'dragão' da inflação, depois da cesta básica e do tomate, agora é o gás de cozinha que terá aumento de preço. A promessa de reajuste do botijão de gás de cozinha já tem data para entrar em vigor, 1º de maio, e será mais alta que a prevista inicialmente. Esta foi a informação do vice-presidente do Sindicato dos Revendedores de Gás GLP da Paraíba (Sinregás-PB), Marcos Antonio Bezerra. A má notícia para os consumidores é que o reajuste será maior do que o anunciado pelo setor, ou seja, ao invés dos 7% divulgados no início do mês, será de 8,1%. O aumento é válido para toda Paraíba, que, segundo o sindicato, possui 1.600 revendedores do produto.
O novo valor deste item, indispensável nas cozinhas paraibanas, deverá ser de R$ 40,00. A majoração no preço do gás de cozinha foi definida na noite de terça-feira e para se estabelecer o percentual de aumento foram levados em consideração vários fatores. “O motivo do reajuste são os custos na revenda. Somente a gasolina teve alta de 16,5% na grande João Pessoa, o pneu 12%, e o valor do veículo como caminhões aumentou 15%”, afirmou Marcos Bezerra. Outro elemento que contribuiu para a alteração no valor do botijão, segundo o sindicalista, foi o reajuste do pessoal que trabalha com derivados de petróleo. O dissídio coletivo da categoria ocorreu em setembro do ano passado, e os salários foram reajustados entre 7% e 10%.
“Para se ter uma ideia, somente a gasolina tem influência em todo o nosso sistema operacional. Desde o momento em que se pega o produto na base das distribuidoras, em Cabedelo, até a revenda do produto que é feita por meio de caminhões, caminhonetes e motos”, explicou Marcos Bezerra. O vice-presidente do Sinregás-PB afirmou ainda que o principal combustível usado na comercialização do gás de cozinha é o diesel, que este ano sofreu reajuste de 10%, e a gasolina. “O pessoal não costuma usar o gás natural (que é mais barato)”, frisou. Segundo ele, não há mais como adiar o reajuste, porque os empresários já estão absorvendo os custos há vários meses.
“Agora não é todo empresário que vai fixar o valor do gás de cozinha em R$ 40. Isso depende dos gastos de cada um, dos tributos que pagam, do número de empregados e outras despesas que variam dependendo do porte da empresa”, disse. Vale lembrar que, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis(ANP), desde 2002 o gás de cozinha pode ser reajustado sem, necessariamente, a participação do governo federal. De acordo com a legislação brasileira, vigora no país, desde janeiro de 2002, o regime de liberdade de preços em toda a cadeia de produção, distribuição e revenda de combustíveis e derivados de petróleo.

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