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“Não troco meu “Oxente” pelo “ok” de ninguém” – Ariano Suassuna

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Combustível gasto por prefeituras da PB daria para 253 viagens à Lua

Ir e voltar da Terra para Lua por 253 vezes, sendo que cada uma das viagens tem 384,4 mil quilômetros. Essa é a distância que daria para percorrer com os 32,3 milhões de litros de combustível entre álcool, gasolina e diesel, que são usados mensalmente pelos municípios paraibanos para percorrer cerca de 195 milhões de quilômetros.
O elevado volume de combustível gasto pelas prefeituras vem chamando a atenção do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE), durante a análise das contas dos gestores, visto que o fato pode indicar mau uso de recursos públicos e acarretar na reprovação das contas dos gestores e na imputação de débito devido aos gastos excessivos com combustível.
Para otimizar a análise desses gastos, desde 2007, o conselheiro Fernando Catão vem coordenando um estudo do consumo de combustível no poder público municipal, previsto para ser concluído este ano, a fim de estabelecer um parâmetro de análise dos dados referentes às despesas com combustível na Paraíba.
O estudo analisou o período compreendido entre 2007 e 2008, e continua ainda este ano. Um total de 205 municípios tiveram os dados analisados, pois os outros 18 apresentaram dados inconsistentes e não puderam ser considerados no estudo. O TCE estima que entre 2007 e 2008, os municípios analisados, juntos, tenham gasto R$ 68 milhões com combustível por mês, o que corresponde a 12,03% do material de consumo gasto pelas prefeituras, cuja despesa nos dois anos somou R$ 565,9 milhões.
Esse valor de R$ 565,9 milhões representa 10,06% da despesa total desses 205 municípios nos dois exercícios estudados, que foi de R$ 5,6 bilhões (R$ 2,6 bi em 2007 e R$ 3 bi em 2008).
De acordo com Catão, há um conflito entre o que a auditoria acredita ser razoável com o gasto de combustível e o que é apresentado pelos gestores ao TCE. O estudo é para que o tribunal possa dispor de dados estatísticos que sirvam de parâmetro, pois os municípios alegam que os fatores geográficos influenciam no consumo, argumentando que estão distantes de João Pessoa e por isso teriam maior necessidade de locomoção à capital.

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